Depressão e efeitos da Covid-19 em universitários
DOI:
https://doi.org/10.31005/iajmh.v4i.187Keywords:
students, depression, quarentine, coronavirus infectionsAbstract
Introdução: Em 2019 e 2020 o mundo foi afetado pela pandemia da coronavírus (COVID-19) - uma emergência de saúde pública, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). A resposta ao aumento no número de infecções e mortes foi o fechamento de diversos ambientes e a imposição do distanciamento social, fato que alterou os locais de interação e vivência dos estudantes universitários.
Objetivos: Evidenciar e compreender os reflexos psicossociais, especialmente a depressão, em virtude da doença e do cenário pandêmico.
Métodos: Trata-se de revisão literária narrativa. Foram encontrados 234 artigos, na base dados PUBMED e PubMed Central com as palavras-chave “students”; “depression”; “quarantine”; “coronavirus infections”. Foram excluídos artigos que não trataram de depressão, estudantes ou que não abordavam estudantes universitários ou não diferenciaram as populações no estudo, restando 14 artigos.
Resultados: Foram observados diversos impactos na vida dos estudantes universitários, como também a queda no desempenho estudantil no ensino superior e o agravamento de sintomas depressivos com o confinamento, (P<0,001) em especial naqueles infectados (P<001). O maior sedentarismo, a redução da prática de exercício físico, tempo de sono, piora da dieta auxiliaram no aumento dos sintomas depressivos. O comportamento foi alterado com aumento da reclusão, percepção de risco, e ideação suicida (P<0,001).
Discussão: o cenário pandêmico aumentou os índices de depressão entre estudantes universitários, bem como a falta de adesão ao tratamento dos que já possuíam a doença. O confinamento, o sedentarismo, o maior número de horas em tela, de notícias pelas mídias, a piora da alimentação e a frustração dos estudantes diante da realidade acadêmica estão todos relacionados ao aumento dos quadros depressivos. São necessários novos estudos que envolvam a depressão e os estudantes universitários. Raros são os estudos longitudinais, como também, intervencionistas, apesar de ambos serem essenciais para que as intervenções pelo sistema de saúde sejam eficazes e convenientes, não apenas nesta, mas também em próximas pandemias possíveis.